sábado, 25 de agosto de 2012

A REFUNDAÇÃO COMUNISTA – PARÁ E AS ELEIÇÕES EM BELÉM

 
À população belemense:
As eleições deste ano implicarão uma disputa de concepções: a permanência da atual gestão favoreceria a visão conservadora e mercantil vigente sobre os problemas de Belém. Na outra margem, partidos, organizações, movimentos e militantes populares procuram criar uma nova alternativa para a Cidade, com amplitude e densidade suficientes para dialogarem com as maiorias sociais, oferecendo-lhes uma opção superior de administração pública, submetida a um projeto democrático e aberto às demandas do povo.
A Refundação Comunista – Pará (RC), integrante do Movimento Pró-Frente* esta determinado a empreender um esforço junto a todos os setores democráticos e progressistas de Belém, incluindo as forças organizadas de esquerda, com vistas à consolidação de uma frente política unitária de oposição para disputar o pleito. Entendemos que um programa popular nascerá do encontro entre as diferentes experiências, iniciativas, opiniões e sensibilidades existentes na Cidade.
Será das praças e das ruas tomadas pela exigência de espaço público como patrimônio de todos, será das áreas urbanas ocupadas pela conquista de moradia na prática, será das comunidades da periferia para onde os magnatas amontoaram os pobres, será das greves realizadas por melhores condições de trabalho, será das mulheres, da juventude, dos movimentos culturais, da intelectualidade honesta, de todos os cidadãos preocupados com o futuro, será das disputas políticas globais em Belém, enfim, que surgirá a novidade nas eleições, o sopro de arejamento e renovação que contestará os acordos rebaixados, os arranjos infelizes e os conchavos espúrios que pretendem manter forças políticas e sociais descomprometidas com os interesses populares na gestão da mais importante Prefeitura dos paraenses.
A atual administração municipal significou um grande retrocesso. Foi displicente com a população e atenciosa com os interesses dos grandes negócios, dura com os pobres e complacente com os ricos. O prefeito atuou como mero gerente dos interesses escusos de seus amigos e aliados, não como governante.
Passados oito anos da atual administração percebe-se que uma gestão inspirada na matriz empresarial só poderia mesmo beneficiar os grupos monopolistas-financeiros. Os seres humanos, os serviços públicos e as políticas sociais, que deveriam ocupar o centro da administração, foram substituídos pelo binômio ação-meta, equacionado pela busca de resultados estranhos aos interesses populares e pautados na mera eficiência econômica. Quanto custa a vida, o bem estar, a segurança e a felicidade? Quanto ao povo, foi jogado à margem do poder público, privado das mínimas atenções, visto como número, tratado como “público-alvo” e não como os cidadãos do Município que lhes pertence.
Quanto a nós, a maioria da população de Belém, que desejamos pensar e caminhar para frente, trata-se de construir uma alternativa popular para agora e para o futuro. Com tal propósito, convidamos a todos os que estejam em sintonia com a perspectiva da unidade contra aqueles que tramam rebaixar as eleições a uma simples homologação cartorial a cerrarmos fileiras em torno da candidatura do companheiro Edmilson Rodrigues (PSOL 50), para a Prefeitura de Belém. Acreditamos que, para além de uma coligação eleitoral entre partidos de esquerda com registro legal, para além da fronteira da política formal e do voto, necessitamos da unidade em torno de um projeto para o Município.
A Refundação Comunista aposta em novo método de fazer política. Defendemos e nos empenhamos em criar uma base programática para a disputa eleitoral construída com os “de baixo”, em discussões entre os Partidos e organizações políticas, em encontros de trabalhadores e nas comunidades, em espaços de aprofundamento e sistematização com ampla participação. Assim será possível elaborar, com e para o povo, uma plataforma de disputa que reflita as necessidades de nossa gente e conte com o apoio dos que almejam uma Cidade justa e digna.
Belém, 24 de agosto de 2012.
Refundação Comunista – Comitê Estadual do Pará
*O Movimento Pró-Frente, que tem caráter nacional, é formado, inicialmente, pelas organizações políticas Brigadas Populares (BP’s), Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes (CCLCP), Partido Comunista Revolucionário (PCR) e Refundação Comunista (RC), assim como por dirigentes políticos, militantes populares de várias frentes e personalidades de diversas origens, com ou sem filiação partidária.
Veja matéria sobre a adesão da RC à candidatura de Edmilson também no site oficial da campanha.