“Quem quer que não haja criança pedindo esmola é de esquerda”, Vito Giannotti.
Brasileiro, nascido na Itália, Vito Giannotti trocou a faculdade de filosofia na Europa pelas lutas populares mundo à fora. Foi um militante socialista, um defensor das idéias de igualdade social e um combatente de todas as formas de injustiça, opressão e exploração.
No Brasil, contra a Ditadura Militar, junto aos operários
metalúrgicos Vito forjou uma militância destacada e esteve presente em todos os
grandes momentos do sindicalismo nacional. Como poucos, dedicou toda a sua vida
à luta das classes trabalhadoras.
A preocupação obsessiva com instrumentos de disputa
contra-hegemônica entre as classes trabalhadoras – particularmente, por
veículos de comunicação de massa para informar e formar o povo e por uma
linguagem que capturasse o interesse dos setores populares – fez de Giannotti
um professor didático e um propagandista de livros e da importância da
atividade intelectual.
“Os trabalhadores que querem mudar o mundo e a sociedade na
qual vivem precisam conhecer sua história”.
Escrita por Vito Giannotti na introdução de seu livro História das Lutas
dos Trabalhadores no Brasil, hoje a frase é editada em sua homenagem: quem
quiser conhecer a história das lutas recentes dos trabalhadores há de conhecer
de Vito Giannotti.
O vozeirão, o sorriso, a simplicidade e as bricadeiras
deixam saudades. A insistência na unidade, na organização e na mobilização dos
oprimidos – a partir de seu cotidiano – farão muita falta. Nosso povo não conta
mais com a presença física de Vito em suas jornadas de luta. Contudo, seu
legado é imprescindível e cabe a todos nós honrá-lo.
Julho de 2015.
Comissão Política Nacional do Comitê
Central da
Refundação Comunista –
Brasil
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial