domingo, 26 de julho de 2015

“Quem quer que não haja criança pedindo esmola é de esquerda”, Vito Giannotti.


Brasileiro, nascido na Itália, Vito Giannotti trocou a faculdade de filosofia na Europa pelas lutas populares mundo à fora. Foi um militante socialista, um defensor das idéias de igualdade social e um combatente de todas as formas de injustiça, opressão e exploração.

No Brasil, contra a Ditadura Militar, junto aos operários metalúrgicos Vito forjou uma militância destacada e esteve presente em todos os grandes momentos do sindicalismo nacional. Como poucos, dedicou toda a sua vida à luta das classes trabalhadoras. 

A preocupação obsessiva com instrumentos de disputa contra-hegemônica entre as classes trabalhadoras – particularmente, por veículos de comunicação de massa para informar e formar o povo e por uma linguagem que capturasse o interesse dos setores populares – fez de Giannotti um professor didático e um propagandista de livros e da importância da atividade intelectual.

“Os trabalhadores que querem mudar o mundo e a sociedade na qual vivem precisam conhecer sua história”.  Escrita por Vito Giannotti na introdução de seu livro História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil, hoje a frase é editada em sua homenagem: quem quiser conhecer a história das lutas recentes dos trabalhadores há de conhecer de Vito Giannotti.

O vozeirão, o sorriso, a simplicidade e as bricadeiras deixam saudades. A insistência na unidade, na organização e na mobilização dos oprimidos – a partir de seu cotidiano – farão muita falta. Nosso povo não conta mais com a presença física de Vito em suas jornadas de luta. Contudo, seu legado é imprescindível e cabe a todos nós honrá-lo.

Julho de 2015.
Comissão Política Nacional do Comitê Central da
Refundação Comunista – Brasil